sábado, 17 de abril de 2010

That's enough...

Ou seja, já chega...de descanso. Apesar de depois da Maratona de Sevilha, ter participado nas "Três léguas do Nabão" e na "Corrida da Páscoa" em Constância (tendo feito ambas na casa dos 4' ao km) e andar a pôr quilómetros e mais quilómetros na bicicleta, nitidamente o espírito de sofrimento tem andado lá longe. Descontracção a mais na piscina, mudanças leves na bicicleta e séries demasiado lentas na pista, deram resultado a uma estreia desastrosa como veterano, no Triatlo de Quarteira. É verdade que o mar estava revolto, mas isso só seria parte da desculpa, a realidade é que no conjunto dos três segmentos demorei, quase mais vinte minutos que o ano passado, tendo ficado classificado no temivel "botton 10". Para além disto, estou claramente mais pesado, que é como quem diz, gordo.
Sendo assim, está oficialmente terminada a "ressaca" da Maratona. Esta semana, quase dobrei o treino na áuga, na bicicleta tenho andado num sobe e desce pela Serra de Sintra, na corrida estou a voltar a reencontrar-me. As prestações vão melhorar e a vontade de treinar duro, começa-se a fazer sentir.
Um grande cumprimento à rapaziada que no dia 11 de Abril "passeou" pelas ruas de Paris e um abraço ao Alexandre Feliz que depois de angustiante lesão, regressou ao Triatlo, com um segmento de ciclismo de causar inveja ao Fabian Cancellara.



terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sevilha II


Emoção, foi o que senti, quando corri os últimos metros da minha primeira maratona. O tempo final real, 3h22m55, ficou um bocadito longe do esperado, mas, a experiência, foi quase, excelente. Tendo demorado um poucoxito a sair do estádio e a encontrar o meu ritmo de corrida, integrei um grupo de andaluzes já não sei em que quilómetro. Passei na meia-maratona com 1h40m26, muito confortável e a acreditar que conseguiria chegar para as 3h15m, peguei no grupo e levei-o até ao abastecimento dos 30 quilómetros, mas por aí tive uma quebra, quase incompreensível no momento, o MP reduziu-se e inevitavelmente perdi o grupo. Foi o pior momento da corrida. Depois sem saber bem como, por volta do quilómetro 37, alguma força voltou e acabei por ir passando os meus companheiros que entretanto se tinham separado. Palavras de força já não resultavam. Tinhamos no entanto feito um excelente trabalho, com apoio nos abastecimentos e muitas palavras de incentivo durante quilómetros e quilómetros. Segui a minha corrida, o estádio já espreitava. Entrei no tartan procurei os meus mais que tudo e a emoção foi muito forte.
Um grande agradecimento ao Grande Mestre por ter lançado o desafio e pela paciência que teve para que se concretizasse. Um abraço à família CVG e uma palavra de admiração ao Silva que é de facto o "Mito de Pirescoxe". Uma palavra também de simpatia para com os lusos com quem falei antes, durante e depois da prova. O espírito era de todo extraordinário.
Hoje (segunda-feira) nadei um quilómetro. Esta semana, vai-se fazer a transição para a época de triatlo que se adivinha, no entanto, há aqui uns neuroniozinhos no meu cérebro, que não deixam de indagar, quando é que vai ser a próxima...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sevilla...

Bem, falta uma semana para Sevilha e a ansiedade da estreia na Maratona já se sente. Decididamente, após, os vários mesociclos que se prolongam desde Outubro, sinto-me mais atleta. Dia após dia, quilómetro após quilómetro, longo após longo, série após série, foram ambiguas as sensações e os sentimentos pelos quais fui passando. No entanto, a motivação, foi sempre superior a tudo o resto. Motivação para a qual contribuiram e muito os meus camaradas do CNCVG e claro o nosso Grande Mestre Espartano.
As mãos do grande atleta da nossa praça, José Santos, foram também essenciais para ir tratando uma e outra mazela que inevitavelmente foram aparecendo.
Hoje, Domingo, concluí o treino, com a duração de uma hora e meia e a sensação final é que parecia que não tinha existido treino. O Marathon Pace estabelecido é de 4'29'', mas digamos por aqui, que ninguém me lê, este é para mim só um ponto de referência. Vejamos como corre, esssencialmente, quero entrar no Estádio Olimpico de Sevilha, com a distância mítica comprida, tudo o resto, vem por excesso.
Abraços para todos os que se prepararam para esta corrida e muita, muita força.

domingo, 24 de janeiro de 2010

À procura do Marathon Pace...



Este fim de semana fui até ao Norte para (também) correr na Meia Maratona Manuela Machado, em Viana do Castelo. O objectivo seria o de correr a menos 5s do que o meu Marathon Pace. Sendo um tipo disciplinarmente difícil, ou como disseram os superiores hierárquicos em tempos de marinharia, com falta de aptidão militar, lançei-me à corrida oscultando as sensações. Começei rápido, confiando em alguns comentários de que o percurso devia ser para o plano. No início assustei-me com o que parecia ser uma dor abdominal, resultado certamente, do trabalho intestinal, derivado da degustação no dia anterior de umas "tripas à moda do Porto". No entanto descontraí e a coisa passou. Continuei a corrida e o perfil desta não condizia com o expectável. Aos 10km levava por volta de 42m, adivinhando-se no entanto, como mais fáceis, os restantes. Afinal, nos últimos quilómetros, consideraram por bem, pôr os 1363 atletas participantes a subir e descer pelo meio de Viana, com o bónus de se correr em empedrado. No final, tempo oficial de 1h29m07s, ou seja, mais uma vez, o meu melhor. Foi uma má prova, no sentido de perceber qual o MP que devo considerar para Sevilha, a corrida foi feita essencialmente em Z3, mas a dúvida continua. No entanto, o Sol, a paisagem de Viana, a simpatia da Manuela Machado e também a companhia de centenas de atletas galegos proporcionara uma bela manhã de Domingo. A não perder...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Depois da tempestade...


Ou melhor, depois do descalabro que foi a minha participação na São Silvestre de Lisboa, por motivos, diga-se, de ordem diversa, sigo contente pela prestação na São Silvestre da Amadora. Pelo meio, uma passagem, pela São Silvestre dos Olivais, só pela companhia. Então volte-se a ontem. Tempo oficial 41'12''. Menos dois minutos e picos do que a minha participação do ano passado. O meu melhor na distância está pelos 39'42'', estabelecidos em Coruche, em Maio de dois mil e nove, mas na Amadora a coisa é um bocadinho mais durinha. Por outro lado, com o treino para a Maratona de Sevilha, onde por ordem expressa as provas curtas tinham, até esta semana, sido postas de lado, questionava-me de como reagiria a uma corrida de 10km. Desta vez, em que consegui correr, desde o primeiro metro o resumo faz-se facilmente. Primeiros 3km, quase morri, no seguinte recuperei da quase morte e depois foi sempre a abrir, creio que até ao sexto, depois durante este quase desmaiei e a seguir foi sempre a dar-lhe até à meta. Interessante é o facto de estar habituado a ver todos os anos centenas de pessoas nas ruas da Amadora e ontem recordo de me ouvir algumas vozes pouco mais. Aproveito para pedir desculpa ao Silva de Pirescoxe e à Helena do Grande Mestre, por quem passei e não falei, o primeiro porque já não falava e a segunda porque já não via. Hoje dia 1 de Janeiro, fiz 50' para recuperar da corrida de ontem e também do conteúdo de uma garrafa de vinho lambrusco que me foi providenciada durante a jantarada de fim de ano. Agora, vem o mesociclo mais duro de todos - haja pernas!